Foi uma manhã de sol forte e vento
valente em Fortaleza. Lembro-me daquela aula na Universidade quando fazia
publicidade. Seria mais uma aula apenas, no entanto as interrupções da tragédia
americana interrompiam momento a momento a aula por um telefone de uma colega
que três meses antes tinha visitado Nova Iorque, e acima de tudo tinha subido
ao topo das Torres Gêmeas (Word Trade Center).
No primeiro telefonema que esta
colega recebeu, fui o primeiro da turma, a saber, que um avião tinha acertado
uma das torres. No primeiro instante não acreditei. Logo o boato se espalhou
pela turma, aos risos estranhamento. Passado alguns instantes mais um
telefonema, a outra torre também estaria acertada por outro avião. Desta vez
até eu pensava que seria uma destas pegadinhas da mãe de minha colega que
informava dos acontecimento em mundo estrangeiro. Alguns minutos depois o
Pentágono. A ficha estava começando a cair. Os boatos na turma agora seria o
fim do mundo! O professor diante tanta informação não acreditava, mas logo
liberou a turma para acompanhar o fim do mundo ao vivo na TV. Como poderia a
nação mais forte, rica, e segura do mundo ser atacada?
Corremos a lanchonete da
Universidade para tirar de uma vez por todas se realmente era verdade todo
aquele caos naquela manhã quente e ventilada em Fortaleza. A televisão
confirmava a situação em tempo real. Não sabia se ia para casa ou ficava parado
de frente da tela. A sensação de medo, raiva, e ao mesmo tempo de que as coisas
no mundo estariam definitivamente mudando. A nação que mandava em todos e em
tudo acabava de ser tocada, de perder a hegemonia. A sensação de ódio ficou
pregada a de felicidade por ver a história mudar ali, na minha frente.
Um sonho de anos, mas que vitimou
milhares de inocentes. A confusão nas idéias voltou a pisar no chão. Fui firme
para casa. Passei o resto do dia pregado nas fontes de informações. Rádio, TV,
Internet me informavam a todo instante para repor a coragem de acordar no outro
dia e pensar que isso tudo seria apenas um sonho, um pesadelo que deixou
profundamente resquícios até os dias de hoje.
A todos os mortos. A todos os
familiares dos mortos, a todas as vítimas. A todos os que sofreram com o caos
dos interesses. A todos os inocentes que até hoje não sabem por que morreram
fica o pesar do tempo na esperança de que o mundo realmente mude de rota e
nunca mais seja palco de intolerância ao extremo dos interesses que se cruzam e
não se juntam. Ache bom ou ache ruim, eu vive o 11 de setembro de 2001, é isto!
E você onde estava em 11 de
setembro de 2001?
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