Gênio!! Essa é a única palavra da complexa língua portuguesa que pode definir aquele homem baixinho, de óculos escuros, mãos calejadas, apoiando-se na bengala, voz arrastada e um chapéu sempre a protegê-lo. Sim, apenas uma pessoa abençoada por Deus teria tanta genialidade, para sofrer na pele os percalços da vida e dessas dificuldades tirar forças para chamar a atenção das “otoridades” para o povo em forma de arte.Mais que um poeta ele foi um lutador. Mais que um lutador ele foi um defensor da gente nordestina. Suas armas estavam em sua arte, em ca
da verso, em cada rima contando a sua história, a história de tantos outros sertanejos que passaram e passam adversidades como ele passou.

Faltam palavras para expressar o que significam a vida e a obra de Antonio Gonçalves de Oliveira, assim deve apenas ser comparada. O “Pássaro Sertanejo” está para nós como Homero e Hesíodo para Grécia antiga. Se alguém, equivocadamente pensou que ele cairia no ostracismo com sua passagem para um plano espiritual em 8 de julho de 2002, reconhece que ele permanece cada vez mais vivo com sua arte. Seus poemas são cada vez mais atuais e, principalmente, retratando a vida de todos os nordestinos.
Seu “deproma” foi conquistado na Escola da Vida. Sua arte, felizmente lhe deu o devido reconhecimento ainda em vida com a concessão do título de Doutor Honoris Causa de pelo menos três universidades.Sua arte ganhou destaque tamanho que confundia a muitos. Seria Patativa do Assaré ou Assaré do Patativa? Se há o orgulho dos conterrâneos por ter ele nascido na Serra de Santana, esse ainda torna-se pequeno comparado ao amor do poeta por seu torrão natal. Seus versos cruzaram fronteiras. Patativa além do Assaré é o Patativa do Cariri, o Patativa do Ceará, o Patativa do Nordeste, o Patativa do Brasil e maior poeta popular do mundo.Quando em cinco de março chegamos ao primeiro centenário do “Poeta Maior” o meu reconhecimento a sua obra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário